sábado, 26 de novembro de 2011

Fuvest (Domingo, 27 de novembro de 2011) - o que levar?


A prova da Fuvest 2012 será realizada neste domingo, 27 de novembro de 2011 e a prova e gabarito Fuvest 2012 será divulgada no Enem Virtual logo após o término da prova. A prova compreende 90 questões de múltipla escolha e  compreenderá as matérias do Ensino Médio: Português, História, Geografia, Matemática, Química, Física, Biologia, Inglês e terá algumas questões Interdisciplinares. As questões são todas de múltiplaescolha com 5 opções A duração da prova será de 5 horas, durante este tempo o estudante deverá terminar a prova e passar as questões para o Gabarito Fuvest 2012.  É necessário levar, no dia: documento de identidade, caneta esferográfica (azul ou preta), lápis e borracha. Não serão permitidos aparelhos celulares em sala de aula.

Calígula


“Que lucro teria um homem ao ganhar o mundo inteiro e perder sua própria alma?”
Marcos 8:36

“Existo desde o amanhecer do mundo e existirei até que a última estrela caia pelos céus. Apesar de ter tomado a forma de Caio Calígula, sou todos os homens e não sou homem nenhum, e assim... sou um Deus”.

Calígula (Caio Cesar Augusto Germânico) nasceu em Antium, atual Itália, no ano de 12 d.C. e faleceu em 41 d. C. Foi o terceiro imperador romano e membro da dinastia instituída por Augusto.
Como vivera desde os dois anos de idade no acampamento militar de seu pai, era querido pelos soldados que o viram crescer. Foram eles que lhe deram o sobrenome com o qual passou à história, Calígula, um diminutivo de caliga, o calçado militar dos romanos. Os soldados das legiões comandadas pelo pai achavam graça vê-lo mascarado de legionário, com pequenas caligas nos pés.
Germânico, seu pai, era um valente cônsul e general do Império Romano, que morreu aos 34 anos de idade, possivelmente envenenado. Deixou seu filho ainda pequeno, Caio Calígula. Após enterrar o seu pai, Calígula regressou com a sua mãe e os seus irmãos para Roma, onde foi adotado pelo imperador de Roma, Tibério. Calígula tinha 25 anos quando sucedeu ao pai adotivo e foi nomeado imperador. Com o tempo, o filho do general morto obteria todos os títulos imperiais, inclusive o de Augusto César, e o poder correspondente.
Um historiador da época, Suetônio, afirma que Calígula participou do assassinato do pai adotivo, Tibério. Este o havia designado como um de seus herdeiros - e, conhecendo seu caráter distorcido - também disse que preparava uma víbora para o povo romano. Segundo o próprio Tibério, Calígula tinha todos os vícios dos pais e nenhuma de suas virtudes.
À sua morte, Tibério ordenou que o império devia ser governado conjuntamente por Calígula e Tibério Gemelo. Após desfazer-se de Gemelo, o novo imperador tomou as rédeas do império.
O filme “Calígula” é uma das produções mais polêmicas já lançadas, justamente devido a suas cenas de sexo explícito. O filme mostra as perversões sexuais do louco imperador romano Calígula, representado por Malcolm McDowell, que mantém um caso com sua própria irmã e é casado com uma prostituta, além de organizar várias orgias e perversões sexuais em seu império. Ele também é cercado de vários falsos bajuladores que desejam vê-lo longe do poder.
A sua administração teve uma época inicial pontuada por uma crescente prosperidade e uma gestão impecável.
A figura de Calígula aparece bastante deformada pelo retrato que fizeram dele alguns autores senatoriais como Suetônio e Tácito. Sua ascensão ao poder depois da morte de Tibério, no ano 37 de nossa era, foi muito bem acolhida pelo povo.
Parece que os primeiros anos do seu reinado foram ótimos, segundo o ponto de vista dos historiadores senatoriais: respeitou o senado, devolveu à assembléia popular o direito de eleger os magistrados, decretou amplas anistias para as pessoas condenadas no tempo de Tibério e organizou grandes espetáculos circenses.
Os cidadãos romanos chegaram a pensar que estavam no início de uma era feliz. Mas o imperador adoeceu, devido aos seus excessos e orgias, e, quando se recuperou, revelou sua maldade. A grave doença pela qual passou o imperador marcou um ponto de inflexão no seu jeito de reinar.
Para alguns historiadores, a doença deixou Calígula demente. Gastos exorbitantes, impostos altíssimos e a total falta de freios marcaram o resto de seu reinado. Sua crueldade com os presos e os escravos era tão grande quanto sua depravação na vida sexual. Divertia-se fazendo torturar condenados na frente de seus familiares. Tomava as posses de suas vítimas e não admitia ser contrariado em nada.
Nomeou senador romano seu cavalo, Incitatus, para quem construiu um palácio de mármore. Antes disso, havia nomeado o cavalo como sacerdote e designado uma guarda pretoriana (força militar romana criada para guardar o imperador e seus familiares) para tomar conta de seu sono. Sua idéia era humilhar o Senado romano e mostrar que se podia nomear um cavalo sacerdote e senador, podia fazer qualquer coisa com a vida de qualquer pessoa.
Os cofres do império romano se esvaziaram rapidamente perante o pagamento das tropas e as festas organizadas pela corte, situação que causou o aumento dos impostos e reiniciar a política de eliminação física dos senadores para apoderar-se de suas posses. Sua política exterior foi caracterizada pelo aumento de reinos vassalos no oriente e à redução da autonomia dos territórios ocidentais.
Apesar das crises econômicas, Calígula levou adiante a execução de vários projetos arquitetônicos durante seu reinado. Algumas destas construções eram públicas, mas a maioria dos edifícios foi erguida com fins privados.
Os soldados apoiavam todas as loucuras do imperador. Por duas vezes Calígula escapou de atentados à sua vida: era odiado pelo povo. Mas foram os oficiais de sua guarda que, aterrorizados e fartos, decidiram acabar com seu governo desvairado. Numa conspiração que reuniu a guarda e senadores, o imperador foi assassinado num túnel que ligava o Palácio ao Fórum.
Calígula caiu gritando que um deus não podia ser morto, então, outros cúmplices o atacaram com punhaladas.
Calígula acreditava no terror como arma de poder e gostava de ser odiado. Como ele mesmo dizia: "Oderint dum metuant!" (que odeiem enquanto tremem de medo), referindo-se ao povo.
Na cultura romana da época, o sexo fazia parte da religião, e ninguém praticou mais a adoração à Luxúria que o Império Romano.
Essa adoração alcançou o seu auge no reinado de Calígula. Este jovem imperador exigia sexo de todas as mulheres atraentes de Roma, incluindo as suas próprias irmãs.
Segundo Calígula, se os homens mais ricos eram os alcoviteiros e as prostitutas mais “libidinosas” eram as mulheres dos senadores, um bordel imperial era a maneira mais lógica de equilibrar o orçamento do Estado. Então, transformou parte do seu palácio em bordéis, obrigando mulheres casadas e filhas de senadores a prostituirem-se para seu próprio divertimento.
Diz que o assassinato de Calígula, aos 29 anos, foi um sinal da Ira dos deuses por este ter abusado do poder da Luxúria.
Além da Luxúria, a Soberba era algo notável na personalidade de Calígula. Mantinha uma casa de prostituição e ordenou que estátuas suas fossem colocadas em lugares de destaque em todos os templos, até nas sinagogas em Jerusalém, impulsionando uma divinização em vida do imperador. Tornou-se o primeiro imperador a apresentar-se frente do povo como um deus.
Podemos destacar ainda a inveja que Calígula tinha da popularidade de seu pai, Germânicus; a Ira derramada em quem fosse contra sua vontade e a Gula de poder e de parceiros (as) sexuais. Calígula teve uma vida de excessos.

Torturas
- Os condenados eram enterrados do pescoço para baixo e um veículo com lâminas vinha em sua direção, até decapitá-los.
- Calígula empregava banha de porco como lubrificante, e depois empalava a vítima com o próprio punho, havendo o agravante de sua mão estar adornada pelo robusto anel metálico com o selo imperial.
- Uma vez no Circus Maximus, onde os jogos eram para criminosos, estava a platéia esperando os criminosos entrarem na arena dos leões. Calígula ordenou que as cinco primeiras filas de espectadores fossem levados para a arena, o que aconteceu. Várias centenas de pessoas foram comidos e dilacerados apenas para sua diversão.
- Cortar as vítimas com uma serra era outra tortura que Calígula aplicava em suas vítimas.

Índios


Os grupos indígenas aqui encontrados pelos europeus em 1500, tinham como características comuns a ausência do conceito de propriedade material, visto que não se interessavam pela acumulação pessoal de riqueza. Agrupavam-se em nações, tribos e aldeias, onde viviam em ocas. O trabalho era dividido segundo o sexo e a idade. A família podia ser monogâmica ou poligâmica. Os índios deixaram uma forte herança cultural nos alimentos, ensinando os europeus a comer mandioca, milho guaraná, palmito, a utilizar redes e canoas, armadilhas para pesca e caça, ensinaram técnicas de como trabalhar a cerâmica e a preparação de farinha, bem como a utilização de tabaco e o hábito de tomar banho diariamente.
Quando se observa o mapa da distribuição dos povos indígenas no território brasileiro atual, podem ser vistos claramente os reflexos dos movimentos de expansão político-econômica ocorrida historicamente. Os povos que habitavam a costa oriental, em sua maioria índios que usavam o tronco lingüístico tupi-guarani, foram dizimados, dominados ou obrigados a refugiar-se nas terras do interior para evitar o contato. Hoje, somente os Fulni-ô (de Pernambuco), os Maxakali (de Minas Gerais) e os Xokleng (de Santa Catarina) conservam sua língua. Curiosamente suas línguas não são do macro-tupi, mas pertencentes a três famílias diferentes ligadas ao tronco macro-gê (outro tronco lingüístico). Os guaranis, que vivem em diversos estados do sul e do sudeste brasileiro e que também conservam sua língua, migraram do oeste para o litoral há pouco tempo. As outras sociedades indígenas que vivem no nordeste e sudeste do país perderam suas línguas e só falam português, utilizando, só em alguns casos, palavras isoladas e usadas em rituais ou outras expressões culturais. A maior parte das sociedades indígenas que conseguiram preservar seus idiomas vive atualmente no norte, centro-oeste e sul do Brasil.
Estima-se que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui uma população de 6 milhões de índios. Depois de escravizá-los, catequizá-los (contra sua vontade) e matá-los, em 1950 havia entre 70 e 100 mil.
Hoje, vivem cerca de 460.000 índios, distribuídos em 225 sociedades indígenas, sendo, assim, 0,25% da população brasileira (estes dados demográficos dizem respeito aos índios que vivem em aldeias. Há informações de que existem de 100.000 a 190.000 vivendo fora das terras indígenas, incluindo áreas urbanas.

Índios

 

Legião Urbana - ÍNDIOS
Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do iní­cio ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

Amazônia - Desmatamento

A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5 milhões de km² na parte norte da América do Sul, passando por nove países: o Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

85% dessa região fica no Brasil (5 milhões de km², 7 vezes maior que a França) em 61% do território nacional e com uma população que corresponde a menos de 10% do total de brasileiros. A chamada “Amazônia Legal” compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão perfazendo aproximadamente 5.217.423km².

Quando falamos em desmatamento na Amazônia é comum as pessoas confundirem a região citada acima com o estado do Amazonas, o que limita a compreensão do verdadeiro problema que essa região enfrenta. Em toda a região amazônica calcula-se que cerca de 26.000km são desmatados todos os anos.

No Brasil, só em 2005 foram 18.793km² de áreas desmatadas, sendo que uma das principais causas é a extração de madeira, na maior parte ilegal. Segundo dados do Grupo Permanente de Trabalho Interministerial Sobre Desmatamento na Amazônia, desde 2003 foram apreendidos cerca de 701mil m³ de madeira em tora provenientes de extração ilegal. Devido à dificuldade de fiscalização e a pouca infra-estrutura na maior parte da região, alguns moradores se vêem forçados a contribuir com a venda de madeira ilegal por não terem nenhum outro meio de renda ou mesmo por se sentirem coibidos pelos madeireiros. Até mesmo alguns índios costumam trabalhar na atividade ilegal de extração de madeira, vendendo a tora de mogno, por exemplo, a míseros R$30, quando na verdade, o mogno chega a valer R$3 mil reais no mercado.

Outras causas apontadas são os crescimentos da população e da agricultura na região. Até 2004, cerca de 1,2 milhões de hectares de florestas foram convertidas em plantação de soja só no Brasil. Isso porque desmatar áreas de florestas intactas custa bem mais barato para as empresas do que investir em novas estradas, silos e portos para utilizar áreas já desmatadas.

Além de afetar a biodiversidade (a Amazônia possui mais de 30% da biodiversidade mundial), o desmatamento na Amazônia afeta, e muito, a vida das populações locais que sem a grande variedade de recursos da maior bacia de água doce do planeta se vêem sem possibilidade de garantir a própria sobrevivência, tornando-se dependentes da ajuda do governo e de organizações não governamentais.

Nos últimos anos a Amazônia Brasileira vêm registrando a pior seca de sua história. Em 2005, alguns lagos e rios tiveram sua vazão reduzida a tal ponto que não passavam de pequenos córregos de lama, alguns até chegaram a secar completamente, ocasionando a morte dos peixes. O pior é que esse efeito tende a se agravar com o tempo. Com os rios secando e a diminuição da cobertura vegetal, diminui a quantidade de evaporação necessária para a formação de nuvens, tornando as florestas mais secas.

Contudo, diversas ações vêm sendo tomadas pra impedir que o pior aconteça e preservar toda a riqueza proporcionada pela Amazônia. ONG’s como o Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF, IPAM (Instituto de Pesquisas da Amazônia) e diversas outras entidades, realizam campanhas e estudos com o objetivo de divulgar e facilitar o desenvolvimento sustentável e a recuperação das áreas degradadas da Amazônia no Brasil. Quanto às iniciativas do governo, 19.440.402 hectares foram convertidos em Unidades de Conservação (UC) na Amazônia de 2002 a 2006, totalizando 49.921.322ha, ou, 9,98% do território. Sem contar os 8.440.914ha de Flonas (Floresta Nacional) criadas em territórios indígenas. Outro projeto que visa à consolidação de Unidades de Conservação na Amazônia é o projeto ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia) que tem como meta atingir um total de 50milhões de hectares de UC até 2013 e conta com apoio e investimentos de instituições como o Banco Mundial e o WWF.

Fontes:
- Amazonia.org.br
- Asociación Latinoamericana para los Derechos Humanos
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
- Sistema Brasileiro de Vigilância da Amazônia
- Greenpeace

ÁGUA - O líquido precioso


Sabemos que a água potável é um recurso cada vez mais escasso no planeta. Em 2007 a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou que cerca de 1,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e estima-se que dois milhões de crianças morrem todos os anos pela falta dela ou de saneamento básico.

Parece controverso que o planeta terra, que é constituído por dois terços de água, não possa abastecer sua população que já ultrapassou os 6 bilhões de indivíduos. Teoricamente, ela não deveria faltar. O problema que quase toda esta água encontra-se distribuída sob a forma de gelo ou água salgada, o que impede seu consumo imediato pelo homem. E para piorar, sua distribuição pela superfície do planeta é desigual.
Alguns lugares são naturalmente secos, o que exige que a água tenha que ser captada longe do local onde será consumida, tornando necessários investimentos em estruturas de captação e distribuição, além do tratamento. Isso encarece e, muitas vezes inviabiliza seu acesso às pessoas que não tem tantas (ou nenhuma) condições de pagar.

Como se já não bastassem todas as dificuldades impostas pela natureza, junta-se a isso, as dificuldades impostas pelo homem. Em regiões como o Oriente Médio, por exemplo, a água virou objeto de disputa entre países e um dos motivos que fazem perpetrar um dos conflitos mais antigos da humanidade. Na África, a água já foi elemento de discriminação racial quando, na época do apartheid só os brancos podiam ter acesso a ela.

O grande problema, além dos já apontados, é que nos lugares onde há grande disponibilidade de água, há uma “cultura de desperdício” onde se prega, erroneamente, que a água é um bem que nunca faltará.
Felizmente, essa cultura vem sendo combatida e, aos poucos, a população do mundo todo têm se conscientizado da importância de economizar e encontrar meios de reutilizar a água de maneira mais racional.

No Brasil, um tema bastante discutido é a questão da “cobrança pelo uso da água”. Em alguns países, como a França e a Alemanha, a prática de se cobrar pela captação e diluição de resíduos em corpos d’água já é bastante difundida, mas no Brasil, ainda são poucos os Estados que aderiram à idéia.

Na experiência brasileira os recursos conseguidos com esta cobrança não são suficientes para financiar todos os custos que envolvem a recuperação da bacia impactada. Contudo cobrar pela utilização da água faz com que haja o que podemos chamar de “conscientização forçada”: já que é difícil convencer pela razão, convence-se pelo bolso. Claro que, neste caso, a cobrança é feita apenas para a captação e dissolução de poluentes, ou seja, aplica-se apenas às indústrias, companhias de saneamento e abastecimento e uso agrícola, todas estas, atividades que lucram com este uso.

Já quando falamos na possibilidade de se cobrar pelo uso da água do consumidor final (pessoa física), a proposta, embora com boas intenções, esbarra em um dos direitos básicos do homem que é ter suas necessidades básicas de sobrevivência supridas; o que inclui acesso a água potável. Por isso, as propostas neste sentido, costumam englobar um limite mínimo de consumo dentro do qual o uso não é cobrado.

Parece demais dizer que se deve pagar pelo uso de um bem que deveria ser, por direito, de todos, para pessoas que vivem em um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo. A questão é que tudo isso visa inibir o desperdício de um bem escasso e caro. Segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas, nos locais de menor renda o acesso à água costuma ser mais caro. As populações que vivem em favelas na América do Sul, por exemplo, gastam em média 10% de sua renda com água, enquanto que na Inglaterra isso não ultrapassa os 3%.

Enfim, há quem se preocupe com possíveis guerras futuras por causa da água. Estes talvez pensem que dois milhões de crianças mortas por ano ainda é pouco. A verdade é que muito mais que dificuldades geográficas e climatológicas, o que existe de fato é o que Kemal Dervis, administrador do PNUD, e Trevor Manuel, ministro de Finanças Públicas da África do Sul, chamaram de falta de vontade política (artigo publicado em novembro de 2006 no site da ONU Brasil) por parte de governos e instituições.

Fontes
http://www.onu-brasil.org.br
http://www.uniagua.org.br
http://www.socioambiental.org

Economia no trabalho



Quando se fala de economia no trabalho, várias coisas estão envolvidas, tais como desemprego, a crise econômica, informalidade, escravidão, trabalho infantil, profissões em alta e outros assuntos. A crise econômica é um dos fatores com relação à economia do trabalho, que colocou cerca de 34 milhões de pessoas desempregadas. A globalização é outro tópico ligado à economia, com o seu processo de ampliação das grandes corporações, atuando mundialmente e impondo competição às empresas nacionais.

Esses fatores atingem diretamente a economia do trabalho. Com o crescimento do desemprego, várias outras coisas atingem esse meio, como por exemplo, a pobreza, onde crianças são submetidas ao trabalho e mais escravos surgem.

A economia no Brasil não foi meramente abalada, mas a informalidade está presente no país, o que leva o governo à criação de vários projetos e programas parra erradicar essa situação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Enem: governo recorrerá de decisão de anulação

O governo vai recorrer da decisão Justiça Federal, no Ceará, que determinou a anulação de 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A opção pelo recurso judicial - que pode virar uma batalha de tribunais - foi tomada por pressão do ministro da Educação, Fernando Haddad, contra a decisão técnica da Advocacia Geral da União (AGU). O recurso deverá ser protocolado quinta-feira, 3, no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, sediado em Recife.

Na manhã de hoje, a decisão era por não apresentar recursos para evitar um confronto com o Ministério Público e uma intensificação de ações no Judiciário em torno do Enem. No ano passado, a batalha judicial por conta de erros, como a troca de cabeçalho no cartão-resposta e falhas na encadernação, chegou a suspender o exame. Neste ano, segundo investigação da Polícia Federal (PF), as 13 questões anulados pela justiça cearense vazaram para alunos do colégio Christus, de Fortaleza, em outubro do ano passado, após a aplicação do pré-teste.

Além de evitar uma eventual guerra judicial, o governo teme um desfecho que, depois de três edições do Enem com erros, arranhe a imagem pública do ministro Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. O ministro ficou irritado ao ler essa avaliação estampada no portal Estadao.com.br. Em conversa com assessores da Presidência, Haddad disse que era inadmissível "a ilação do quinto parágrafo da matéria do Estadão" - ele referia-se ao parágrafo publicado no portal do Estado, que falava de eventuais problemas com a candidatura à Prefeitura.

A intenção do governo, ao aceitar a decisão da Justiça Federal, era validar as 167 questões da última edição do Enem. Na avaliação de técnicos do Ministério da Educação (MEC) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), mesmo sem 13 das 180 questões do exame, "o teste de avaliação não perde qualidade de seleção".

No início da tarde, porém, devido às pressões políticas, a AGU anunciou que encaminhará um recurso para tentar derrubar a decisão que anulou questões do Enem. "Com o recurso, a AGU quer evitar que os mais de 4 milhões de estudantes que fizeram a prova e aguardam os resultados - inclusive para participarem de processos seletivos que utilizam a nota do Enem - sejam prejudicados", justificou o órgão encarregado da defesa.

O governo deverá sustentar que o exame deve ser cancelado apenas para os alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, no Ceará. Segundo o MEC, se a prova for cancelada apenas para os alunos do Christus, eles poderão fazer novamente o exame juntamente com presidiários, no final de novembro. O MEC disse que, no exame destinado aos presos, existe uma cota extra de provas destinada a atender imprevistos.

Essa cota foi usada, por exemplo, no passado, quando alunos do Espírito Santo não puderam fazer o Enem por causa do excesso de chuvas na região. O MEC informou que os responsáveis pelo vazamento da prova poderão no futuro ser acionados para arcar com eventuais prejuízos.